quinta-feira, julho 05, 2012

Segredo: Não te conto!


Escrever um texto.

Você não precisa de uma ideia inicial quando senta pra escrever um texto. E, na realidade, não precisa ter inspiração. Basta vontade de ativar o piloto automático que move os dedos e, a partir daí, seu cérebro vai se sentir instigado a pensar em algo. Aí você deixa o bicho se virar.

Já percebeu que meu cérebro não gosta de usar “para”. Ele prefere usar “pra”. Ninguém fala “para”. E é sempre melhor escrever do jeito que se fala.

Voltando à vaca fria;  até mesmo esse intervalo entre a falta de ideia e o nascimento do assunto, pode ser aproveitado no próprio texto. É o que acontece, digamos, exatamente agora! Isso é o que chamaríamos de “bem identificado texto vago”. Apesar de bem identificado como sendo texto vago, ele deixa de assim o ser, no momento em que o assunto específico, definido pelo cérebro, se torna a própria criação de textos. Dali pra diante, aquilo que era vago, se torna “enriquecedor”. A coisa muda de figura conforme o ponto de vista. A coisa muda de figura conforme a finalidade.

Então, com o assunto bem definido e com o pontapé inicial do texto já dado,  podemos reservar uns 6 a 8% do processamento do cérebro pra ir pensando num título. Enquanto seu cérebro vai digitando mecânica e automaticamente o texto, ele vai tentando encontrar um título que valha a pena. E ele tem que pensar num título interessante, chamativo e que faça a pessoa se interessar pelo que vem pela frente. Mesmo que o que venha pela frente não seja tão bom quanto o título. Uma verdadeira propaganda enganosa.

Os melhores títulos são propagandas enganosas.

Jornal faz isso sempre! Quem não é enganado, pelo menos 52 vezes por dia, com títulos mentirosos de notícias nos sites de jornais. Por exemplo, acabo de ver no techtudo o seguinte título:  “Androids infectados são usados para enviar spam”. Essa é a notícia de capa. Notícia que aparece em links externos para direcionar para o site em questão.  Isso chama a atenção. Você lê esse título e de imediato e já conclui o seguinte:

Conclusão imediata: Existe comprovadamente uma falha na segurança do android que permite o controle do aparelho por um programa invasor. Puxa que péssimo. Eu tinha impressão de que o Android fosse mais seguro. Agora tenho a certeza de que não é. Pobre Android. Pobre Google.

Essa é a conclusão instantânea e instintiva de quem vê um título como esse. Afinal de contas, o jornalista tem o dever de ser imparcial e ele jamais divulgaria, de forma tão enfática e chamativa, uma notícia como essa, a menos que seja a mais pura e comprovada verdade. Notícia que pode até mesmo influenciar a opinião dos consumidores no momento da escolha do seu próximo telefone.

Então você clica no link. Você quer conhecer os detalhes do “fraquíssimo Android”.
Ao carregar a página do site, você lê o título interno da matéria. Quase todas as páginas de jornais e notícias tem um título externo e um título interno. O título externo é aquele super resumido, que aparece em outros sites como forma de link para a matéria em si. O título interno é um pouco mais completo, que aparece no alto da página da própria matéria.

Quando cliquei no link dessa notícia do Android, apareceu pra mim a página da matéria e seu título interno, que era o seguinte:

“Androids infectados são usados para enviar spam, diz Microsoft”

Opa! Tá diferente! Substancialmente diferente. Antes nós tínhamos “Androids infectados são usados para enviar spam”. Uma verdade absoluta e científica. Comprovada por testes supostamente neutros, confiáveis, sem segundas intenções.  Agora, nós temos a fonte. E curiosamente, a fonte da notícia é a maior concorrente direta da Google (criadora do Android). Aí você tira sua segunda conclusão a respeito da mesma matéria, apenas lendo seus títulos:

Segunda Conclusão: Tudo bem, o jornalista tem sua credibilidade em jogo. Logicamente ele só publicou a matéria porque a Microsoft tem comprovações indiscutíveis a respeito do acontecido. Certamente a Microsoft provou por A+B que, de fato, os Androids estão contaminados e enviando spams. Afinal a Microsoft não iria fazer um papelão e falar besteira. O jornalista não iria divulgar uma besteira sem comprovação. Pobre Android. O segredo da sua fragilidade caiu logo nas mãos da sua concorrente. Pobre Google.

Então você parte pra leitura da matéria em si. E se depara com a seguinte justificativa do tão imparcial engenheiro da Microsoft:

“Zink tirou a conclusão a partir de um fato curioso: todos os e-mails de lixo eletrônico analisados possuíam a assinatura "Enviado pelo Yahoo! Mail do Android" no final do texto.”

¬¬

(Adoro esse olhinho =])

Ou seja! Simplesmente pelo fato de no final do texto contido nos spams, o infrator ter colocado propositadamente a frase “Mail do Android”, frase que pode perfeitamente ser adicionada em um email enviado, inclusive, por um Windows (infectado ou não por vírus), o engenheiro quer induzir as pessoas a pensarem que isso é uma prova irrefutável de que os e-mails são provenientes do Android. Então você tira uma conclusão:

Conclusão terceira: Pobre Microsoft, isso tudo é medo? Pobre jornalista, isso tudo é busca por acessos? É falta de matéria? E por fim você pensa....  Rico “título”, você faz toda a diferença!

Ou seja, o título de um texto pode ter mais peso na divulgação de um conteúdo que o próprio texto. Aliás, normalmente terá! Principalmente se levarmos em conta que a maioria das pessoas só lê o título. E dentre aqueles que lêem o texto, a maior parte não consegue entender nada, então, acaba gravando só a ideia do título, mesmo.

Conclusão: o título “é o cara”!

Então você tem que determinar qual é sua meta:

1 – Fazer com que as pessoas leiam seu texto.

2- Fazer com que as pessoas apenas cliquem no seu link para ir pro seu texto.  Ou seja, colocar um título externo bem chamativo, mas já desmascarado pelo titulo interno.

3- Transmitir uma ideia “quase certa” no título externo, fazer uma leve correção no título interno, com a matéria completamente no sentido oposto a todos esses títulos.

Se você quiser ganhar dinheiro com acessos, pense no item 2. Se você quiser ganhar dinheiro através de “notícias patrocinadas”, você estará no item 3, torcendo pra que o máximo de pessoas não entenda seu texto e guarde apenas o conteúdo dos títulos.

Agora, se você pensa como eu, e quer apenas que as pessoas se sintam estimuladas a ler seu texto, você está no item 1. E, nessa opção, você não precisa de um título que transmita a ideia completa do seu texto. Nem um título vá direto ao assunto. Você só precisa saber instigar.

E, nesse momento, aquela parte do cérebro que estava trabalhando em paralelo pra inventar o título do texto já completou sua tarefa.

Pensa comigo...

Alguma coisa ... instiga mais ... que um segredo? =]





quarta-feira, julho 04, 2012

Teste de QI

Caminhos são sempre interessantes independentemente do que aconteça neles. Algumas vezes temos a péssima percepção de que andando em determinado sentido não vai se chegar a lugar nenhum. Da mesma forma especulamos a certeza de que o único caminho que iria trazer algum resultado é aquele que, infelizmente, acabou de terminar. 

Em dado momento nós compreendemos que aquilo que parecia o mais correto e perfeito, no final das contas, é a pior decepção que lhe poderia ter acontecido na vida.  Mas mesmo assim, mesmo após compreender que você foi um idiota, você continua, por um breve (ou nem tão breve) momento, tentando andar no mesmo sentido, na esperança de não ter sido tão estúpido. Mas, esse tipo de esperança só serve pra arrecadar fundos pra igrejas ou qualquer religião que prometa trazer a pessoa amada em 7 dias. Obviamente você não vai gastar seu dinheiro com esses picaretas.

Então você desiste de continuar naquele caminho. Desiste à contragosto. E mesmo depois de desistir você ainda continua olhando, com alguma esperança panaca, pra aquele caminho. Até que em dado momento você se distrai com uma coisa que antes você chamava de ... sua própria vida. Aliás, você olha pra esta tal coisa esquecida e tem vontade de se desculpar por ter feito papel de imbecil por alguns de seus anos. E essa coisa não tem o que fazer, senão perdoar. Afinal de contas vocês são apegados demais  pra ficarem brigados. 

Então você se vê numa multifurcação (não importa se a palavra não existe). Onde cada caminho parece mais insignificante que o outro. E você nem chega a escolher um caminho, porque todos tem a mesma falta de importância. Você simplesmente anda pra onde o nariz aponta. Desde que o nariz não aponte pr’aquele velho caminho.

Nos primeiros passos você carrega dúvidas suficientes pra sentir saudades do caminho abandonado. E é uma equação curiosa. Não importa a quantidade de passos que você dê, o valor da dúvida se mantém constante.

D = FS0 + dS – PI
Sabendo que
FS0 = fCA * G
Onde

FS0 é o fator de saudade inicial.
fCA é o fator de carinho adquirido. Que vale 0.25 * (anos de namoro)
G é o índice referente ao quanto se gostava da pessoa.


Então o FS0, fator de saudade inicial, é diretamente proporcional à multiplicação do fCA(fator de carinho adquirido) com o índice G(referente ao quanto se gostava da pessoa).

D é o valor da dúvida, medido em pe/V (possibilidades de erro por vida)
dS é a variação da saudade.
PI, nesse caso, é o Papel de Idiota.


Portanto, sendo o valor da soma da saudade inicial com a variação de saudade, superior a PI, existirá uma dúvida positiva com relação à situação. Ou seja, existirá uma tendência a tomar decisões favoráveis à manutenção/reconquista do relacionamento.

Ou seja, (FS0+dS) > PI .... o sujeito terá dúvidas se a distância é a melhor solução e tentará pensará na reaproximação, mesmo que instintivamente. Isto porque os sentimentos positivos são superiores ao papel de idiota.

Sendo (FS0+dS) < PI, ou seja, a saudade não supera o papel de idiota, a dúvida será negativa, ou seja, Além de não haver dúvida a respeito da vontade de tentar se reaproximar, terá dúvida negativa a respeito do relacionamento como um todo, desde o início. Ou seja, refletirá sobre o possível erro cometido pelo fato de ter se relacionado com aquela pessoa. Ponderando sobre os benefícios que poderia ter usufruído caso jamais tivesse conhecido aquela pessoa. Ou seja, terá dúvidas negativas a respeito do relacionamento do qual fez parte.

Sendo (FS0 + dS) = PI, não terá dúvidas. Saberá que o atual destino é o melhor a ser tomado, e, ao mesmo tempo, não refletirá sobre erros ou acertos do relacionamento que acaba de sair.

Partimos sempre do princípio que, inicialmente, dS é zero, e que FS0 é maior do que PI.

A medida em que o sujeito vai vendo seus sentimentos diminuírem em relação a aquela pessoa, dS vai perdendo valor e se tornando negativo. Caso o sujeito não perceba seus sentimentos diminuírem em relação a aquela pessoa, dS vai se tornando cada vez mais positivo, ou seja, a saudade vai aumentando.

A medida em que dS se torna cada vez mais negativo, o fator (FS0+dS) também diminui, fazendo com que (FS0+dS) se aproxime de PI, ou mesmo passe a ser inferior ele. No momento em que (FS0 + dS) se iguala a PI, como já vimos, o sujeito passa a não ter dúvidas sobre o caminho que está seguindo. Caso (FS0 + dS) seja inferior ou superior a PI, aplicam-se as interpretações já comentadas.

Voltando ao texto e já com o auxílio das equações, traduzimos que nos primeiros passos dS vale zero.

Mas na medida em que dS vai ficando cada vez mais negativo, e que você vai fazendo correções e adequações no valor de PI ...

Importante interromper aqui antes de continuar a frase anterior. Sim, porque o valor de PI, inicialmente é atribuído de forma muito branda. Com o tempo você vai obtendo mais informações e percebendo o real valor de PI. E vai se dando conta que PI é muito maior do que você imaginava inicialmente.

Continuando a idéia...

Depois de feitas as correções no valor de PI e com a dS se tornando cada vez mais negativo; fatalmente PI, em determinado momento, se iguala a (FS0 + dS).

É nesse momento mágico que você passa a recuperar sua vida e começa a sacudir a poeira. E sacode bem. Levanta a cabeça, melhora seus sensores de PI para que no próximo relacionamento haja uma detecção mais rápida quando o nível desse fator começar a se elevar.

Você percebe a importância do monitoramento de PI. O excesso de confiança nas pessoas desabilita os sensores de PI. Mas quando você atinge o nível D = 0, você reativa todos os sensores.

Então você está pronto pra seguir em frente. E começa a andar. Em movimento, você percebe que o mundo é mais interessante do que você lembrava. E você percebe uma coisa incrível:  existem outras pessoas nele. Outras pessoas que também são capazes de ler esse texto e compreender cada palavra. Aliás, só interessam as pessoas que consigam entender esse texto. A leitura e compreensão de toda essa loucura e equações é uma espécie de pré-requisito pra que a pessoa seja realmente interessante.

E é bom redescobrir que existem pessoas que conseguem ler loucuras como essa. E é bom saber que alguns caminhos nos levam a essas pessoas.

O maior pesar é quando você percebe que, apesar de D ser próximo de zero, dS se mantem em zero. Aí você tem um problema. Problema causado por excesso de PI, e ao mesmo tempo, incapacidade de variação de dS. Desta forma PI quase se iguala a FS0 ... desde o início. Enquanto dS não diminui. FS0 supera PI por uma fração mínima e permanente.

É uma situação não prevista na parte teórica. E teria que ser trabalhada no universo dos limites.

Limite de D, quando PI tende a FS0. Sendo FS0 maior que PI. Típica situação do otário perfeito. Que apesar do absurdo valor de PI, FS0 ainda é milimetricamente maior e dS se mantém em zero.

Isso é péssimo!

O problema é que essa situação, apesar de ter cálculo matemático simples, na prática, fica indeterminada.

Mas estamos conversando sobre uma equação recém descoberta. Certamente novas variáveis serão estudadas e acrescentadas nesta equação. Claro, com a ajuda e observação de quem faz parte dos novos caminhos e tem capacidade pra compreender as equações.

Há de se agradecer a sublime existência de quem contribuir possa.

De tão complicado, tá auto explicado o título desse texto =]

p.s. Recomenda-se ler mais de uma vez para compreender detalhes.

domingo, outubro 15, 2006

Como em tantas outras vezes

Quem é você? Por favor me diga!
Aonde estou? Acabou-se o brilho!
Por que essa perna não machuca mais?
Esse mosquito não me deixa em paz.
É esquisito mas
suas asas não fazem barulho.
Parece som de computador.

Estava tudo tão escuro.
A estrada, a vida e o céu.
(Como em tantas outras vezes.)
Vou acordar, eu te juro,
em um quarto daquele mesmo hotel.

Eu não quero mais beber
enquanto te espero. Mas cadê?
Só, entrego-me à mercê
da falta que faz o Porquê.

Amarro o cadarço de linho
de um sapato que não é meu.
Na camisa que parece ser minha
um perfume que você não conheceu.

A casa corre pro alto do rio
assim como o poste e o edifício azul.
Passo por nove "ovelhas rainhas"
com asas, lã, sorte e placas do sul.

A última ovelha surgiu no caminho
enfurecida com minha vista torpe
contra minha mão, fé e o vinho
laçou-me com lã de plástico e sorte

Trovões!
Terremotos!
Silêncio!

O silêncio dura quase 10 minutos
Quando a lã de plástico esvazia.
O cimento formava antes um muro
Que a consciência já não percebia

Diga a Deus por favor e rápido
antes que alguém conte outra versão.
Não fui eu!! Do terror, do tráfico,
sou refém!! Acredite ou não!!

Agora as pessoas não me escutam
nem vêem meu braço se mover
"nova chance" soa como "muito"
pra alguém que não sente, não fala, não vê!


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Não se drogue antes de dirigir!

sábado, outubro 14, 2006

Partida de Bilhar

Jogo
uma partida de bilhar
contra a felicidade
pra matar saudade
e morro de vontade
de nunca acabar

Olho pr´essa luz ao seu redor
e sei de cor e salteado,
se alegre ou chateada
mesmo quando empenhada
em tentar não mostrar

Chego antes mesmo do início,
disse isso pelo vício
cruel, não fictício
de te esperar

Passo por um triz
esse caminho estreito
feito desse jeito
com todo direito
por quem o bem se quis

E o que me diz
de uma partida de bilhar
com a felicidade
pra matar saudade
e morrer de vontade
de nunca acabar?

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Acreditem! Fiz isso como música :)
Canto em breve e coloco aqui
(Falta de vergonha dá nisso)
:)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Repudie!

As crianças, os alvos mais baratos
desse mundo tão nojento e doentio
onde um prato de comida compra o ato
de "carinho" sem afeto. Repudie!

Esse monstro tão maldito se acaba
sem ajuda da denúncia ou punição
sua alma é menor que seu caráter
e mais podre que a carne de seu coração

Apodreçam todos que assim fazem
a vergonha dessa quase humanidade
que paga pela falta de coragem
de ação, de amor e da vontade

de mudar
de crescer
de viver

um mundo que valha a pena!

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Escrevi isso quando li na internet sobre mais um caso desumano de pedofilia. Quanto nojo!

domingo, outubro 01, 2006

Sem métrica

E...
... a esperança vil
acaba antes de
sentir a luz do sol
igual um tal
que está
mais que feliz
passando arco-íris
formado pela luz
e pelo chafariz
cuja sombra esbarra a tua
e cobre os ombros da pessoa
que tem mais sorte que eu.

E...
... o amor por ti
ensaia o desespero
mesmo na dor
por tanto esmero
em pôr
o pranto, contido
sem te incomodar.

E...
... o que resta
besta esta
esperança
que mal alcança
por muita distância
o primeiro degrau.

E que mal
traz dor igual
com tanta força
e é tão normal?

Escute a narração deste texto <<<<<<<<

A partir de hoje vou narrar os textos para aqueles que, como eu, tem muita preguiça em ler o que os outros escrevem :)

Aqui está a narração do texto anterior ... o "Tá decidido"

:)

sábado, setembro 30, 2006

Tá decidido

Tá decidido! Amar é para os burros!

Apenas os estúpidos “sem o que fazer” correm atrás dessa invenção de moda. Invenção que por sinal é muito mal feita. Pra quê se privar da própria liberdade pra receber como recompensa apenas a resposta de seu amor por outra pessoa? Não faz nenhum sentido.

Amar é deixar de fazer tudo aquilo que você sempre gostou. É negar tudo aquilo que você se tornou, se preciso for, apenas pra satisfazer as vontades da pessoa que você acha que ama. E os apaixonados se doam e afirmam com a boca cheia de orgulho que fariam tudo outra vez, igualzinho. Ora bolas. Além de burros são sem criatividade. Qualquer pessoa com um pingo de criatividade, se pudesse voltar no tempo e conduzir novamente a própria vida, mudaria um caminhão de decisões. É evidente!!!

Isso prova que os apaixonados, além de burros, são sem criatividade!

Caixa de bombom e flores! Por algum motivo sem explicação uma caixa de bombom é o “ó do borogodó” pros apaixonados de plantão. Mas qual é a vantagem que uma caixa de bombom tem em relação a, por exemplo, um pote de sorvete? Os dois são doces, gostosos e engordam. Ou seja, a mensagem é a mesma! É como dizer pro seu amor:

“Engorde feito uma porca que te amarei do mesmo jeito!”

Isso é o que diz um apaixonado quando presenteia com uma caixa de bombom!

E a flor? Assassinam a pobre planta pra que ela seja dada como presente! E os românticos suspiram com a tragédia da planta. Sem compaixão alguma.

Ou seja, prova que os apaixonados, além de burros, sem criatividade, são assassinos!!!

E o que me diz dos diminutivos? E a voz de criança? Por quê os apaixonados adoram fazer voz de criança pra pedir as coisas? Pois é!! Eles “involuem”!!! Desaprendem a falar! Afinam a voz! Dá vergonha! Presenciar um casal de apaixonados conversando pelo telefone causa a mesma sensação que ver um calouro se apresentando no programa do Ratinho. Dá vontade de mudar de canal por pena da vergonha do calouro. Não é? Quero dizer, toda vez que a gente vê uma pessoa passando muita vergonha na TV, dá uma vontade de mudar de canal pra ajudar a tal pessoa. Como se ela fosse passar menos vergonha se não estivermos assistindo. Algo assim!

Então, apaixonados, além de burros, sem criatividade, assassinos, “involuem” quando estão perto do alvo da paixão.

E com todo esse efeito colateral eles ainda dizem que amar vale a pena! Impossível! Qualquer retardado percebe que é melhor ter seu raciocínio intacto que tê-lo prejudicado. É evidente!

Ter uma pessoa cuidando de nós durante o resto da vida? Por R$ 350,00, salário mínimo, você contrata uma empregada que lavará suas roupas e cozinhará pra você! E te tratará com amor e carinho enquanto você pagar em dia.

É por isso que repito: Amar é para os burros!

Repita comigo você também:

Amar é para os burros (x35)

O “x35” indica que é pra repetirmos 35 vezes. E vamos fazer!

Repitamos todos, trinta e cinco vezes, e quem sabe passemos a acreditar nessa asneira!

Amar é para os burros (x35)

E talvez acreditemos também em todas as outras bobagens que escrevi hoje!

É engraçado como a inveja e o despeito escrevem tantas bobagens!

Bah!!!

AME! Perca sua liberdade! Fale como criança! “Involua”! Assassine uma flor e dê de presente! Goste do bombom! E faça tudo novamente ... igualzinho!!!

E se alguém disser que não vale a pena ... é porque ... sem dúvidas ...ele nunca amou!

Escute a narração deste texto<<<<<<<<<<<<<<<<

:)

domingo, setembro 24, 2006

Efeitos da modernidade

Sempre tenho a impressão de que cem anos atrás, ao contrário do que as pessoas dizem, tudo era mais simples pra um solteiro burro que busca a felicidade ou satisfação pessoal. Aliás, muito mais fácil!

Pense comigo! Um solteiro burro, em determinado momento da sua vida sem graça, decide procurar por aquela pessoa que vai FINGIR que o completa. Fingir ! Claro ! E esses fingimentos tantas vezes são tão bem feitos que duram o resto da vida. Mas não é esse o foco da nossa conversa de hoje.

Eu dizia que, em certo instante, o solteiro burro resolve procurar por aquela pessoa que conseguirá convencê-lo de que o amor é menos abstrato do que o povo conta. Na verdade ele não resolve PROCURAR. Procurar é muito pouco. Ele vai ENCONTRAR a tal pessoa. Nem que pra isso perca um braço ou perna.

Determinação. Vontade. Desejo.

São alguns dos muitos combustíveis do solteiro em questão. Solteiro que, aliás, vamos batizar de José pra facilitar as referências daqui pra frente.

Então, José em um momento de vazio inexplicável em sua vida, analisa, julga e determina em um veredicto contra si próprio que sua vida só terá sentido, de agora pra frente, se estiver ao lado de uma pessoa que pareça ser especial.

Essa pessoa não precisa ser especial DE FATO. Se ela souber tapear o José, já serve!

Agora, voltando ao início da conversa, se José tivesse nascido em 1900, homem, solteiro, trabalhador, ele daria início a uma peregrinação de família em família, dentro da sociedade machista e sem sentido da época, pra encontrar a sua noiva e, quem sabe, futura amada.

Então, durante esse processo de avaliação e seleção, ele seria detalhadamente estudado pelo orgulhoso pai da pretendida. Seria examinado através de uma aberturazinha da janela do quarto do andar de cima, entre as cortinas, pela felizarda. E falaria com tom de voz confiante, ao pai, que sua filha teria tudo do bom e do melhor. E que ele não se arrependeria do genro que estaria ganhando.

Se a lábia colasse, se a o pai acreditasse, ele estaria noivando dentro em breve. Então, a partir daí, se não quisesse conversar com a noiva, bastaria não ir em sua casa. A noiva jamais teria permissão pra sair de casa sozinha, em procura do noivo. Ou seja, o contato, a presença, a conversa estaria cruelmente condicionada à vontade do José.

Do ponto de vista da mulher solteira, ela ficaria a espera de um pretendente que apareceria, cedo ou tarde, pedindo sua mão em noivado. Prático e triste. Mais triste que prático. Mas é prático! Ninguém pode dizer o contrário.

Então, era tudo mais simples. Bastava o rapaz comprovar que era um “bom partido” e prometer que não iria desrespeitar a menina, pelo menos na frente da sociedade. Em contrapartida a menina fingiria estar interessada pelo rapaz, e pronto. Fórmula mágica e ridícula. Mas prática.

E veio a modernidade. E sem saber quando, tirou toda essa praticidade. Veja! Hoje em dia você conhece pessoas interessantíssimas pela internet. Interessantíssimas até o momento em que você formula a mesma pergunta de uma forma um pouco diferente, pra pegar as mentiras. E você pega!!

Então, você a bloqueia! Ou seja, você impede que ela saiba que você está conectado na internet. Pra quem não está acostumado com programas de conversa pela internet, essa atitude recebeu o nome de “bloqueio”. E nunca mais volta a conversar com ela. E ela, por sua vez, depois de alguns dias te exclui do programa de conversa. Até aí, tudo bem!

Até agora a tecnologia não atrapalhou em nada. Tudo isso é quase tão prático quanto lá em 1900.

Mas é uma praticidade que não ajuda muito. O problema REAL da modernidade começa quando você ENCONTRA a pessoa certa. Você escreve, pela internet, algumas poucas palavras e fica fundamentalmente surpreso com a resposta. E reformula a mesma pergunta de uma maneira diferente e percebe que ela também reformulou a mesma resposta de uma maneira mais criativa ainda. E você se encanta! Encanta com o raciocínio. Encanta com o humor. Curioso que a tecnologia é a única maneira que permite conhecer as idéias de alguém, sem interferência visual.

Mas até agora a tecnologia não parece atrapalhar tanto. Né?

É! Mas lembre-se que estamos falando de um solteiro burro. E burros independentemente de solteiros ou não, têm severas limitações. Principalmente pra explicar o que passa dentro da cabeça burra de um burro.

Imagine que nosso José se conectou na internet pela primeira vez. E pouco tempo depois conheceu uma menina que dificilmente seria real. Impossível ser real. Ele custa a acreditar na possibilidade de existir alguém tão próxima do que ele considera “a perfeição”. Então não pode ser real. Mas é.

E eles, com esse recurso maravilhoso da internet, passam a se conhecer e divertir. Mas José é um solteiro burro. Pessoas assim não tem idéia do momento certo pra agir. Perdem oportunidades. O tempo passa. José só percebe as oportunidades quando elas estão marcadas no calendário do ano anterior.

Então, José percebe que a grande oportunidade se foi. E mesmo burro, sabe que oportunidades não voltam. Não da mesma forma. Não com a mesma intensidade.

E junto a tudo isso, José entende que ele passou a estar bloqueado por aquela menina que tanto aprendeu a admirar. Bloqueio natural do mundo moderno. Nada demais. Mas um burro não entende “o natural”. Um burro não entende “o normal”.

Em 1900, o solteiro burro não seria rejeitado pela pretendida. Ele seria rejeitado pelo pai. É muito mais fácil aceitar a rejeição do Pai da menina. É uma rejeição mais fria. Analítica. Após a rejeição ele jamais veria a família ou teria contato. Jamais manteria esperança. Ficaria resignado. E partiria pra outra tentativa de convencimento.

O José de hoje revive a rejeição, diariamente, através dos bloqueios e sumiços de pessoa que antes freqüentava seu fim de noite. E, quisesse sofrer mais um pouco, leria as felicidades de sua pretendida, através de Blogs e Orkuts. Magoado cada vez mais pela oportunidade perdida. Leria. Mas essa leitura José não faz. Existe sempre um limite pra burrice. Até mesmo pro nosso José.

Em contrapartida, a modernidade proporciona a ausência de testemunhas. Você é o único que sabe que está sendo colocado de lado. Os constrangimentos são poucos. Quase nenhum. Mas o burro do José não sabe aproveitar essa falta de testemunhas. Por ser burro, ele usa a tecnologia e dá seu testemunho pra quem tiver interesse em conhecer a história sob o ponto de vista de um burro. E assim, ele publica na internet trechos de sua história. Sem revelar nomes ou datas. Claro! Ele é burro mas respeita a privacidade das pessoas.

No fim das contas o José não sabe o que é pior. Os encontros imbecis e práticos de 1900 ou a rejeição revivida dia a dia graças à modernidade.

Se eu estivesse em situação diferente do José eu tentaria dar algum conselho pra ele.

Tentaria.


sexta-feira, abril 28, 2006

"Sôdadi"

Estava fazendo nada e pra passar o tempo resolvi propor um desafio a mim mesmo ! Afinal de contas, todo bom maluco além de falar sozinho, propõe desafios a si próprio. (rs)

Então, eu fiquei pensando:

Será que tenho a capacidade de definir o significado da palavra “saudade” ?

Ora bolas, a princípio não parece tão difícil. Parece um desafio besta !!! Fácil demais !!! Todo mundo sabe o que é saudade. Até o Léo sabe.

Mas o desafio não é exatamente assim.

Todo mundo tem uma opinião a respeito do significado da palavra “saudade”. E definir conforme seu próprio ponto de vista, é fácil.

Então, aqui estão os dificultadores do desafio:

Terá que ser definido o significado da palavra "saudade" em 3 situações:

Primeira Situação: Definir “Saudade” utilizando apenas palavras, conhecimentos e argumentos de uma criança de 3 anos de idade.

Segunda Situação: Definir “Saudade” olhando do ponto de vista de um cachorro, utilizando palavras que pertenceria ao vocabulário deles, se eles falassem.

Terceira situação: Definir “Saudade” olhando do ponto de vista de uma caneta. (rs)
Essa é só pra maluco !

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Saudade – Para uma criança !!

-Pedrinho, o que é saudade ?

-Sôdadi?

-É ! Saudade

(silêncio)

-Você sabe o que é, não sabe ?

-Sabe !!

-Então diz pro tio o que é, diz ?

-Iquici!!

-Esqueceu ?

-Iqueceu !!!

-Saudade é bom ?

-É !!!

-Porque que saudade é bom ?

-Puquê sim !

-Você tem saudade de alguém ?

-Tem !!

-De quem ?

-Vovó !!

-A é ? Porque vc tem saudade da vovó ?

-Ela dá pesente. Docinho. Binca com eu.

-Então, o que é saudade ?

(silencio)

-Você disse que tem saudade da vovó, não tem ?

-Tem !!

-Então você sabe o que é saudade, não sabe ?

-Sabe !

-Então o que é ?

(silencio)

-Hein ?

-Sôdade ?

-É, saudade, o que é ?

-É ...

-É ...

-É ... espelá a vovó !

Saudade ... é esperar a vovó !
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:)

Os outros pontos de vista, posto outro dia.

sábado, abril 01, 2006

O que há com Rubens Barrichelo ?

Um dos melhores pilotos de fórmula 1 de toda a história. Verdadeiro mito que amamos, adoramos e aprendemos admirar sua habilidade cirúrgica em suas pilotagens vencedoras.

Aquele que sempre diz que a equipe está contra ele. E Está !!! Claro !! Afinal de contas, um representante dos "Ases Indomáveis" só perderia uma corrida tendo toda sua equipe jogando contra.

Aquele que sempre afirma que o carro do seu "companheiro de equipe" é melhor. Afirma com razão !!! Tamanha a superioridade do Rubinho, NÃO seria JUSTO que seu companheiro de equipe tivesse um carro igual ao seu. A fórmula 1 perderia em graça, competição e beleza.

Aquele que sempre diz ser atrapalhado por um retardatário. Mas é claro !!!! A Regra é clara !!! O Mundo contra Rubinho !!! Desde os primórdios os mais fracos se juntam contra os Titãs !! Nos tempos modernos não poderia ser diferente.

Aquele que sempre sofre quebras de câmbio. Isso é reflexo da mais baixa e cruel SABOTAGEM !!!!!!!!!!!! Tentam descaradamente prejudicar nosso querido Rubinho. Mas jamais terão sucesso nessa maldade sem limites. Porque Rubinho é maior que tudo isso !

Aquele que nunca erra !!! O mundo ao seu redor é que está sempre no lugar errado quando ele pensa em fazer a ação certa. O mundo é sempre vil com nosso querido Rubens.

Aquele que sempre diz que vai calar a boca de todos que o menosprezam. Não, menino Rubens. O mundo não menospreza um ícone de talento e capacidade. O mundo te ama, tal qual um pai ama seu filho. E, como um pai, o mundo não quer ver o filho passar vergonha diante de um bilhão de espectadores. Vergonha PROVOCADA pelos SABOTADORES, claro !!!

Mas fique feliz, amigo Rubens.

Hoje, seu companheiro de equipe, com carro evidentemente mais avançado que o seu, vai largar em primeiro lugar no grande prêmio da Austrália. Sabemos que seu coração, Rubens, é um coração de ouro, e que você só largou em décimo sexto para dar oportunidade para os novatos da formula 1. Novatos que JAMAIS se transformarão em verdadeiros MITOS, como você !!

O que está acontecendo com Rubens ?

Absolutamente Nada !!!!!!!