domingo, outubro 15, 2006

Como em tantas outras vezes

Quem é você? Por favor me diga!
Aonde estou? Acabou-se o brilho!
Por que essa perna não machuca mais?
Esse mosquito não me deixa em paz.
É esquisito mas
suas asas não fazem barulho.
Parece som de computador.

Estava tudo tão escuro.
A estrada, a vida e o céu.
(Como em tantas outras vezes.)
Vou acordar, eu te juro,
em um quarto daquele mesmo hotel.

Eu não quero mais beber
enquanto te espero. Mas cadê?
Só, entrego-me à mercê
da falta que faz o Porquê.

Amarro o cadarço de linho
de um sapato que não é meu.
Na camisa que parece ser minha
um perfume que você não conheceu.

A casa corre pro alto do rio
assim como o poste e o edifício azul.
Passo por nove "ovelhas rainhas"
com asas, lã, sorte e placas do sul.

A última ovelha surgiu no caminho
enfurecida com minha vista torpe
contra minha mão, fé e o vinho
laçou-me com lã de plástico e sorte

Trovões!
Terremotos!
Silêncio!

O silêncio dura quase 10 minutos
Quando a lã de plástico esvazia.
O cimento formava antes um muro
Que a consciência já não percebia

Diga a Deus por favor e rápido
antes que alguém conte outra versão.
Não fui eu!! Do terror, do tráfico,
sou refém!! Acredite ou não!!

Agora as pessoas não me escutam
nem vêem meu braço se mover
"nova chance" soa como "muito"
pra alguém que não sente, não fala, não vê!


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Não se drogue antes de dirigir!

sábado, outubro 14, 2006

Partida de Bilhar

Jogo
uma partida de bilhar
contra a felicidade
pra matar saudade
e morro de vontade
de nunca acabar

Olho pr´essa luz ao seu redor
e sei de cor e salteado,
se alegre ou chateada
mesmo quando empenhada
em tentar não mostrar

Chego antes mesmo do início,
disse isso pelo vício
cruel, não fictício
de te esperar

Passo por um triz
esse caminho estreito
feito desse jeito
com todo direito
por quem o bem se quis

E o que me diz
de uma partida de bilhar
com a felicidade
pra matar saudade
e morrer de vontade
de nunca acabar?

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Acreditem! Fiz isso como música :)
Canto em breve e coloco aqui
(Falta de vergonha dá nisso)
:)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Repudie!

As crianças, os alvos mais baratos
desse mundo tão nojento e doentio
onde um prato de comida compra o ato
de "carinho" sem afeto. Repudie!

Esse monstro tão maldito se acaba
sem ajuda da denúncia ou punição
sua alma é menor que seu caráter
e mais podre que a carne de seu coração

Apodreçam todos que assim fazem
a vergonha dessa quase humanidade
que paga pela falta de coragem
de ação, de amor e da vontade

de mudar
de crescer
de viver

um mundo que valha a pena!

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Escrevi isso quando li na internet sobre mais um caso desumano de pedofilia. Quanto nojo!

domingo, outubro 01, 2006

Sem métrica

E...
... a esperança vil
acaba antes de
sentir a luz do sol
igual um tal
que está
mais que feliz
passando arco-íris
formado pela luz
e pelo chafariz
cuja sombra esbarra a tua
e cobre os ombros da pessoa
que tem mais sorte que eu.

E...
... o amor por ti
ensaia o desespero
mesmo na dor
por tanto esmero
em pôr
o pranto, contido
sem te incomodar.

E...
... o que resta
besta esta
esperança
que mal alcança
por muita distância
o primeiro degrau.

E que mal
traz dor igual
com tanta força
e é tão normal?

Escute a narração deste texto <<<<<<<<

A partir de hoje vou narrar os textos para aqueles que, como eu, tem muita preguiça em ler o que os outros escrevem :)

Aqui está a narração do texto anterior ... o "Tá decidido"

:)