quarta-feira, julho 04, 2012

Teste de QI

Caminhos são sempre interessantes independentemente do que aconteça neles. Algumas vezes temos a péssima percepção de que andando em determinado sentido não vai se chegar a lugar nenhum. Da mesma forma especulamos a certeza de que o único caminho que iria trazer algum resultado é aquele que, infelizmente, acabou de terminar. 

Em dado momento nós compreendemos que aquilo que parecia o mais correto e perfeito, no final das contas, é a pior decepção que lhe poderia ter acontecido na vida.  Mas mesmo assim, mesmo após compreender que você foi um idiota, você continua, por um breve (ou nem tão breve) momento, tentando andar no mesmo sentido, na esperança de não ter sido tão estúpido. Mas, esse tipo de esperança só serve pra arrecadar fundos pra igrejas ou qualquer religião que prometa trazer a pessoa amada em 7 dias. Obviamente você não vai gastar seu dinheiro com esses picaretas.

Então você desiste de continuar naquele caminho. Desiste à contragosto. E mesmo depois de desistir você ainda continua olhando, com alguma esperança panaca, pra aquele caminho. Até que em dado momento você se distrai com uma coisa que antes você chamava de ... sua própria vida. Aliás, você olha pra esta tal coisa esquecida e tem vontade de se desculpar por ter feito papel de imbecil por alguns de seus anos. E essa coisa não tem o que fazer, senão perdoar. Afinal de contas vocês são apegados demais  pra ficarem brigados. 

Então você se vê numa multifurcação (não importa se a palavra não existe). Onde cada caminho parece mais insignificante que o outro. E você nem chega a escolher um caminho, porque todos tem a mesma falta de importância. Você simplesmente anda pra onde o nariz aponta. Desde que o nariz não aponte pr’aquele velho caminho.

Nos primeiros passos você carrega dúvidas suficientes pra sentir saudades do caminho abandonado. E é uma equação curiosa. Não importa a quantidade de passos que você dê, o valor da dúvida se mantém constante.

D = FS0 + dS – PI
Sabendo que
FS0 = fCA * G
Onde

FS0 é o fator de saudade inicial.
fCA é o fator de carinho adquirido. Que vale 0.25 * (anos de namoro)
G é o índice referente ao quanto se gostava da pessoa.


Então o FS0, fator de saudade inicial, é diretamente proporcional à multiplicação do fCA(fator de carinho adquirido) com o índice G(referente ao quanto se gostava da pessoa).

D é o valor da dúvida, medido em pe/V (possibilidades de erro por vida)
dS é a variação da saudade.
PI, nesse caso, é o Papel de Idiota.


Portanto, sendo o valor da soma da saudade inicial com a variação de saudade, superior a PI, existirá uma dúvida positiva com relação à situação. Ou seja, existirá uma tendência a tomar decisões favoráveis à manutenção/reconquista do relacionamento.

Ou seja, (FS0+dS) > PI .... o sujeito terá dúvidas se a distância é a melhor solução e tentará pensará na reaproximação, mesmo que instintivamente. Isto porque os sentimentos positivos são superiores ao papel de idiota.

Sendo (FS0+dS) < PI, ou seja, a saudade não supera o papel de idiota, a dúvida será negativa, ou seja, Além de não haver dúvida a respeito da vontade de tentar se reaproximar, terá dúvida negativa a respeito do relacionamento como um todo, desde o início. Ou seja, refletirá sobre o possível erro cometido pelo fato de ter se relacionado com aquela pessoa. Ponderando sobre os benefícios que poderia ter usufruído caso jamais tivesse conhecido aquela pessoa. Ou seja, terá dúvidas negativas a respeito do relacionamento do qual fez parte.

Sendo (FS0 + dS) = PI, não terá dúvidas. Saberá que o atual destino é o melhor a ser tomado, e, ao mesmo tempo, não refletirá sobre erros ou acertos do relacionamento que acaba de sair.

Partimos sempre do princípio que, inicialmente, dS é zero, e que FS0 é maior do que PI.

A medida em que o sujeito vai vendo seus sentimentos diminuírem em relação a aquela pessoa, dS vai perdendo valor e se tornando negativo. Caso o sujeito não perceba seus sentimentos diminuírem em relação a aquela pessoa, dS vai se tornando cada vez mais positivo, ou seja, a saudade vai aumentando.

A medida em que dS se torna cada vez mais negativo, o fator (FS0+dS) também diminui, fazendo com que (FS0+dS) se aproxime de PI, ou mesmo passe a ser inferior ele. No momento em que (FS0 + dS) se iguala a PI, como já vimos, o sujeito passa a não ter dúvidas sobre o caminho que está seguindo. Caso (FS0 + dS) seja inferior ou superior a PI, aplicam-se as interpretações já comentadas.

Voltando ao texto e já com o auxílio das equações, traduzimos que nos primeiros passos dS vale zero.

Mas na medida em que dS vai ficando cada vez mais negativo, e que você vai fazendo correções e adequações no valor de PI ...

Importante interromper aqui antes de continuar a frase anterior. Sim, porque o valor de PI, inicialmente é atribuído de forma muito branda. Com o tempo você vai obtendo mais informações e percebendo o real valor de PI. E vai se dando conta que PI é muito maior do que você imaginava inicialmente.

Continuando a idéia...

Depois de feitas as correções no valor de PI e com a dS se tornando cada vez mais negativo; fatalmente PI, em determinado momento, se iguala a (FS0 + dS).

É nesse momento mágico que você passa a recuperar sua vida e começa a sacudir a poeira. E sacode bem. Levanta a cabeça, melhora seus sensores de PI para que no próximo relacionamento haja uma detecção mais rápida quando o nível desse fator começar a se elevar.

Você percebe a importância do monitoramento de PI. O excesso de confiança nas pessoas desabilita os sensores de PI. Mas quando você atinge o nível D = 0, você reativa todos os sensores.

Então você está pronto pra seguir em frente. E começa a andar. Em movimento, você percebe que o mundo é mais interessante do que você lembrava. E você percebe uma coisa incrível:  existem outras pessoas nele. Outras pessoas que também são capazes de ler esse texto e compreender cada palavra. Aliás, só interessam as pessoas que consigam entender esse texto. A leitura e compreensão de toda essa loucura e equações é uma espécie de pré-requisito pra que a pessoa seja realmente interessante.

E é bom redescobrir que existem pessoas que conseguem ler loucuras como essa. E é bom saber que alguns caminhos nos levam a essas pessoas.

O maior pesar é quando você percebe que, apesar de D ser próximo de zero, dS se mantem em zero. Aí você tem um problema. Problema causado por excesso de PI, e ao mesmo tempo, incapacidade de variação de dS. Desta forma PI quase se iguala a FS0 ... desde o início. Enquanto dS não diminui. FS0 supera PI por uma fração mínima e permanente.

É uma situação não prevista na parte teórica. E teria que ser trabalhada no universo dos limites.

Limite de D, quando PI tende a FS0. Sendo FS0 maior que PI. Típica situação do otário perfeito. Que apesar do absurdo valor de PI, FS0 ainda é milimetricamente maior e dS se mantém em zero.

Isso é péssimo!

O problema é que essa situação, apesar de ter cálculo matemático simples, na prática, fica indeterminada.

Mas estamos conversando sobre uma equação recém descoberta. Certamente novas variáveis serão estudadas e acrescentadas nesta equação. Claro, com a ajuda e observação de quem faz parte dos novos caminhos e tem capacidade pra compreender as equações.

Há de se agradecer a sublime existência de quem contribuir possa.

De tão complicado, tá auto explicado o título desse texto =]

p.s. Recomenda-se ler mais de uma vez para compreender detalhes.

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